quarta-feira, 29 de julho de 2009

As aventuras de Black von White na cidade de São Simão (puro)

Lá nos confins do estado de Sampa temos uma legítima "cidade fantasma" onde eu vou me reciclar e desintoxicar da cidade grande. Alí naquele pedacinho vermelho do mapa está São Simão.
Fantasma digo eu porque aparentemente há mais gente morta lá que viva e boa parte da cidade já está com o pé na cova.
Era para ser uma grande cidade, cheia de gente rica e tals e realmente tem uma galera de posses por lá.
É cheia de lendas, afinal de contas, quase todas as noites que passei por lá, era possível escutar os lobisomens e a todo tempo, é possível ver vultos ou assombrações. Altas pessoas estão enterradas por lá. Rolou umas doenças no século passado e já num tinha onde enterrar a turma, fizeram umas valas, covas coletivas e tals, mas com o passar dos anos as cercas cairam e construiram a cidade por cima, no cemitério da cidade as novas covas estão sendo feitas por cima das antigas vítimas da febre amarela, uns tempos atrás acharam um corpo perto da casa da minha tia, onde me instalei, resumindo, cavar um buraco nas proximidades do cemitério ou abaixo da linha do trem, é bem possível achar uma ossada, um pó de ossos, uma rocha vulcânica ou um belo terno velho.
O interessante é a paz que a cidade me traz, me sinto feliz lá, não paro em um canto, saio o dia todo e boa parte de noite porque eu sempre saio com os meus primos e a cidade tem toque de recolher pra menores de idade.
A cidade é isolada do mundo, nem tanto porque a gripe suina chegou lá, mas digo porque a internet lá é uma coisa rara, as vezes a internet banda larga fica fora do ar por semanas, ter uma lan house por lá não é uma boa.
Nos finais de semana o embalo de sábado a noite é ir pra pracinha, tomar sorvete e comer um lanche. Para os maiores de idade o negócio é ir pras Bahamas, um barzinho maior que alguns dizem ser um bar gay e que tem um dark room. Quando se vai ficar com alguém, você desce umas ruas e pronto, a privacidade é garantida. Depois da meia noite é um deserto.
Na semana a cidade tem um movimento igual ao de domingo numa cidade grande. As vezes parece intediante quando se fala "cidade pequena, parada, pracinha", mas, na prática é delicioso a paz que se sente, o ar puro dos morros e sair pra andar de triciclo.
Voltei mais saudável, ganhei peso, bebi menos e perdi stress.
Mal vejo a hora de voltar...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Viajando (puro)

"Sai de caminhada pelas estradas, com as malas na mão, pedindo carona, violão na costa eu fui pra São Simão!!!"
Além da falta de inspiração pra escrever, agora estou há uma hora de sair de viagem, logo, provavelmente só voltarei a escrever algo interessante depois da semana que vem.
Vou para o meu refúgio espiritual desestressar a cabeça cansada de procurar o que reclamar, vou esquecer do trabalho, da faculdade, da vida. Quer saber?! "Tô nem aí com a paçoca!"
Abraço! 
Se der, talvez escreva algo interessante lá em São Simão. Vou me inspirar, pensar em músicas, andar de skate e quando voltar, prometo super textos e super músicas, hits nacionais.

domingo, 5 de julho de 2009

A noite de ontem (puro)

Como nas muitas andanças de sábado, sempre volto com uma história pra contar. O que foi a tarde e a noite de ontem?! Andanças, festa, vinho e comida.
Saímos mais cedo. Ontem o dia começou de verdade as 4 horas e não as 7 como o de costume. Foi eu e o meu colega de sábado encontrar mais uma turma no centro da cidade. Paramos no nosso habitual bar, bebemos umas 2, comprei uns filmes (O Poderoso Chefão e Scarface) e fomos embora, ainda tinhamos que encontrar o resto da turma.
Chegamos na tal festinha julina que iamos, encontramos a turma. Em 10 minutos ja estavamos indo para outro bar, um meio longe da festa, mas andar nunca foi problema. Estavamos em 6, compramos 3 garrafas de vinho, meio litro pra cada um. Certo que eu acredito ter bebibo bem mais que o resto, eu e outros 2 colegas. Voltamos pra festa, dançamos um pouco, brincamos de Michael Jackson (moonwalk, essas coisas) e aí, acabamos por ir para outra festa, do outro lado da cidade.
Acho que caminhamos por uma hora, uma e meia, talvez, chegamos de baixo de uma leve chuva e descobrimos que pra entrar na festa, só com autorização e presença de um sócio do clube onde tava rolando a festinha. Conhecemos muita gente, mas o que chamou a atenção foi um gordinho (como chamava os amigos dele) que fizemos amizade e que estava disposto a tudo pra entrar.
Tentamos conversar com muita gente em vão até que tivemos a brilhante idéia de pular algum muro. A festa estava cheia de seguranças, o que tornava a idéia um tanto complicada. Demos a volta e quase desistimos, iamos embora e beber, mas um do nosso grupo não queria e voltou para a entrada. Ele estava com o dinheiro da turma então tivemos que voltar e nessa hora, o gordinho achou um meio de entrar. Tinha uma "senhora" entrada por baixo de um dos portões cercada de carros, o que esconderia a gente. Nessa hora, só 3 de nós queria entrar, um já tinha ido embora. Ajudamos uma mulher a estacionar e... ela era sócia. Os 3 conseguiram entrar e ficamos o gordinho, meu colega e eu observando.
O gordinho queria ir por de baixo do portão, só não tinha coragem. Talvez ele se fudesse, mas não queria se fuder sozinho, queria que fossemos junto e por um momento, cogitei a idéia de entrar.
"Se der errado, ele se fode sozinho", disse o meu colega. Ele queria que a gente entrasse primeiro, mas como a idéia era dele, sabe como é, "Antes ele do que eu". Ele olhou pro meu colega e perguntou "Cara, se eu entrar vocês entram?" "Entramos" "Jura por Deus?" "Juro". O que nem passava pela cabeça do jovem garotinho, é que ele queria garantia pedindo jura por Deus perguntando a um ateu.
Ele foi, se abaixou depois do primeiro carro, passou pelo outro lado do portão. Olhamos um na cara do outro: "Vamos embora!" e saimos rindo. Oh man, eu queria ser um mosquinha pra saber o que aconteceu com aquele garotinho. Será que ele se deu bem?! Se algum guarda o pegasse, dava pra ele parar no juizado de menores. Por um momento, fiquei com peso na consciência, mas, com ou sem a gente, ele ia tentar entrar na festa, só demos um apoio.
Andamos e andamos novamente. Acho que andamos uns 15 km ontem. Comemos um lanche. Não bebemos e nós mesmos estranhamos tal fato: não beber e chegar mais cedo em casa. Em casa, antes da meia noite, antes das 11 pra falar a verdade.
Cara, o que será que aconteceu com o gordinho?