segunda-feira, 28 de março de 2011

Um desabafo de segunda

Acabo de terminar mais uma ficha para entregar a um patético professor da faculdade. Acho que já escrevi um pouco sobre faculdade aqui no blog, principalmente os primeiros posts, mas o que ainda não escrevi são coisas que a faculdade não ensina.
Desde o ensino fundamental ao médio, somos ensinados a ter e dar valor às próprias opiniões e que a cópia não leva ao aprendizado. Até aí tudo bem, mas no ensino superior a situação muda completamente.
Comecei meu curso de Administração em uma faculdade particular até que consegui entrar em uma universidade estadual. Na particular os professores mostram o quão importante é o ensino superior fazendo o aluno se sentir grande intelectualmente. Bom, pelo menos eu me sentia assim.
Já na estadual, o que os professores me fizeram sentir foi: você está entrando pequeno e sairá pequeno, a não ser que continue estudando. Não vou tirar o mérito do "continue estudando", mas desde o princípio colocam o ensino superior como algo que não tem todo aquele valor que dão no ensino fundamental e médio. Um famoso TCC (trabalho de conclusão de curso) é reduzido desde as primeiras aulas a um simples trabalho que deverá ser entregue no final do curso.
Aprendi também (da pior maneira) que ao entrar em uma universidade sua tão valiosa opinião agora não tem o menor valor. Quem tem opinião são os mestres, doutores, PhDs, enfim, o que estiver acima de pós-graduação. Eles afirmam e você que copie tudo direitinho e quando for afirmar ou tentar opinar tende usá-los como base para afirmação.
O triste é que de tantos e tantos professores que se tem na faculdade, só um me fez sentir essa tamanha insignificância. Irônico é o fato de ele ser um dos coordenadores do curso. Um indivíduo que deveria estimular o estudante na faculdade é simplesmente o que mais frustra. E não é só a mim. Na verdade não conheci um aluno, tanto de outras salas e outras séries, que sentisse interesse ou entusiasmo na aula deste professor. Quando fiquei sabendo que ele irá se aposentar depois deste semestre, pensei seriamente em trancar a matrícula e voltar só em agosto.
Desabafo não só porque reprovei apenas na matéria dele e fiquei retido no semestre, mas porque nunca imaginei o dia em que uma pessoa me fizesse pensar em deixar o curso.
Na aula dele, sinto como se tudo que eu escrevi aqui, nos meus diários e cadernos espalhados pelo quarto fossem reduzidos a mera filosofia de buteco. Ler Nietzsche, Kafka, Tolstoi, etc, ainda não me torna uma pessoa melhor, independente da reflexão que fiz com essas influências. Sempre escrevi esse blog com idéias minhas, inspiradas em autores ou experiências próprias e no máximo o título é copiado apenas com o intuito de mostrar de onde tirei a influência.
Não consigo dar importância a tal aula. Um professor que dá vários print screens e vem nos dar aula sobre "como utilizar o Google", não é um professor que quer se dar ao respeito. Aliás, um professor que não tem respeito pela minha opinião não merece o meu respeito, não importa seu nível de superioridade.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Preguiça e novas fases

Quer maior razão para ficar sem escrever do que a preguiça?! Não só ela, mas também o vicio no mundo e no entreterimento passivo que é a televisão.
Só pra dizer que não tenho escrito, estou viciado em Twitter, mas não tenho escrito nada que me dê orgulho faz um tempo.
Acho que estou num desagradável bloqueio mental que já dura alguns meses. Ainda planejo escrever sobre ser universitário, o entreterimento passivo, meu livro (que anda parado) e a tristeza de se ter músicas e ninguém para tocá-las.
Escrevi hoje mais pra começar o ano no blog, afinal de contas, dizem que o ano só começa depois do carnaval mesmo.
Eu sou uma delas.
Feliz Ano Novo.