As vezes acho que fui tudo o que queria ser e passou e ja foi e não consigo recuperar.
É como se a parte criativa de mim tivesse ido embora porque resolvi que ficar doido e se conhecer sem reservas era melhor. E foi, mas agora me sinto um vagabundo.
Eu queria realizar sonhos e as vezes deixei passar porque não tinha a poltrona ou a mesa adequada. Eu invento isso pra me sentir melhor, pois sabemos que é desculpa pra postergar o que se deve fazer da vida: cuidar bem de si pra cuidar bem dos seus.
Eu parei de tocar guitarra, eu parei de me sentir eu mesmo por muito tempo. E a gente não sabe se o que faz isso é a vida mesmo ou as circunstâncias dela, mas basicamente, as coisas acontecem porque se está vivo.
Eu ainda durmo muito, sempre quero pensar melhor por dormir mais, mas como uma coisa não tem a ver com a outra. Porra eu durmo demais e fico assombrado e deixei de produzir o positivo a partir disso. Eu sou assim, a criatura que sempre se deu melhor com a noite.
O brilho da tela incomoda, era só o que faltava pra eu usar como desculpa, digitar apenas olhando o teclado. Por isso fica tudo tão desconexo e solto.
Não quero pensar que fiquei aqui escrevendo uma par de lorotas pra mim mesmo.
Eu queria dormir porque ja me é hora, mas o assombro da vida não deixa.
E acabo ali, na cama, inerte, e esperando que algum momento tudo mude.
A necessidade de me sentir entorpecido tomou conta de mim.
A vida realmente é isso: correr atrás de seus confortos, amar, rir e se entorpecer. (ir atras de seus confortos é trabalhar mesmo, é que dessa forma soa com mais vontade de se sentir firme).
O complicado é quando o vício é gratuito. O cérebro gera a dopamina, a vida sempre convida a fazer e quando se olha se tem um vício. Como pode o cérebro querer se enganar dessa forma e porque essa forma na mente é tão boa?!
É difícil quando o corpo pede pra deitar, mas a mente pede pra ficar de pé.
terça-feira, 30 de outubro de 2018
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