domingo, 31 de maio de 2009

A história de Black von White (puro)

Trago até vocês uma história de Black von White, o jovem poeta que conheceu o amor.
Ao contrário dos outros meninos de 5 anos em pleno jardim de infância, ele era o único garoto que se atrevia a conversar com os seres do sexo oposto, seres de outro mundo. Black era muito novo, mas ainda sim sentia certa atração por este outro lado do mundo. Sempre gostou de contato, de pegar, de ver o sorriso de alguém que entenderia porque ele buscava isso e isso, nenhum moleque de 5 anos ia entender.
Well, isso deixou de incomodar o jovem Black, afinal de contas, era muito cedo para uma criança descobrir o que há de tão especial no sexo oposto ( no melhor sentido que puderem imaginar, por favor).
Esse sentimento de vazio só voltou aos 11 anos. Eis ali, Black von White se deparando com as maiores questões do mundo: "Afinal de contas, o que faço nesse mundo ridículo e vazio?". Eis ali, aos 11 anos, tendo sua primeira crise existencial, seu primeiro grande vazio, sua primeira vontade de morrer. Black queria descobrir o último sentimento que um homem pode descobrir: O amor.
Sim, nessa idade, aparentemente ainda há muitos outros sentimentos para se descobrir, mas não pra ele, não mais, já havia conhecido todos, já não sabia mais o que viver, naquela hora ele entendeu porque veio ao mundo: para descobrir o amor.
Demorou para que ele descobrisse tal sentimento, ele aprendeu a beber, a fumar e talvez a amar, mas sem ser correspondido. O amor platônico, ah, esse ele ja conhecia muito bem, o que ele queria era ser correspondido, poxas.
Ficar entorpecido pela embriaguez da alma era fácil fazer, fumar, nunca foi de ser um inveterado ou algo do tipo, só o fazia quando a depressão batia forte e nada de cigarros inteiros ou fumar sozinho, fumar sozinho o deprimia mais.
A vida era vazia, ele não sentia mais vontade de viver quando de repente, eis que surgiu o último sentimento que lhe faltava: "eis ali o amor, o amor que está te correspondendo" dizia seu eu interior e pela primeira vez em anos, Black não queria mais se matar, não queria mais fumar ou beber ou se entorpoecer de algo porque ele descobriu o sentimento que faltava.
Ele amou e ainda ama muito, mas hoje não é igual.
Ele amava seu amor mais do que qualquer outro alguém que tivesse passado por sua vida, maior do que qualquer outro amor platônico, mas a vida é uma caixinha de surpresas, não é mesmo?!
Esse seu sentimento durou no máximo 3 meses, 3 meses que entorpeceram sua alma a ponto de definitivamente ele ser movido a isso. Quando esse sentimento mútuo acabou, o que mais ele poderia fazer em sua vida? O doce cheiro de extrato de calêndula que seu amor tinha, o carinho de sua amante era algo que ele se desesperava ao pensar que não teria mais.
E tudo voltou ao antes: depressão, bebidas, cigarretes e solidão.
Se envolveu com outros corpos, mas sentia falta do único corpo que desejava. Faltava a ele aquela felicidade que um dia tivera.
Um ano se passou, muita coisa aconteceu, mas nesse tempo todo, quase sempre pensava no seu amor, o conquistou de novo, mas ja não era igual.
Mais uma vez desejava estar vivo, mas não durou muito, agora sua tristeza o atacava até quando ele devia estar feliz.
Se entorpeceu em sua tristeza, voltou a sentir o doce cheiro de calêndula, mas já não era mais o mesmo, não lhe trazia mais tamanha felicidade e por fim, achou que o amor estava acabando.
Foi jogado na parede, foi questionado, eis ali, Black von White sendo questionado sobre o único sentimento que realmente quis ter.
Fez coisas erradas, pensou em coisas erradas e finalmente discutiu com sigo mesmo.
Talvez realmente nunca tivesse amado, mas então, para que ele teria vivido senão para o amor?
Teria ele vivido uma obcessão? Uma ilusão?
Oh, caros leitores, mesmo como narrador onisciente, não sei dizer o que Black teria vivido. Se num momento discutia se amou ou não, em outro, tinha certeza que amou e ainda ama. Por mais que tenha sofrido, por mais magoado que estivesse ele ainda ama porque não deseja mal a quem o magoou, muito pelo contrário, ainda a deseja, como seu amor, como sua amante.
Agora ele tem sua vida, consegue viver mesmo sem esse amor forte que sentia antes. Finge que vive, finge que sorri. Agora, só o faz entorpecido pela embriaguez de sua alma.
Talvez queira sentir o doce amor novamente, mas não agora, ele precisa fechar as feridas que as vezes ele pensa ter sido em vão.
E suas lembraças estarão sempre guardadas naquela caixa em forma de coração.

domingo, 24 de maio de 2009

Le cigarrete (puro)

Já reparou em como as pessoas sofrem e sofrem para largar o vício no fumo?! Well, não sei se você fuma, e na verdade nem me interessa, mas, em certas horas me pergunto: Porque de verdade as pessoas querem parar de fumar, se hoje em dia, todos sabemos muito bem as conseqüências a longo prazo deste hábito. Assim: se você sabe que quase todos que fumam querem parar e você, provavelmente também vai querer parar, porque começar?!
Porquê é tão difícil parar?! Por causa da nicotina, alcatrão e o diabo?!
Well, pode ser, mas encontro outra razão pra você não conseguir largar o vício: Você não quer parar!
Sim, isso mesmo, talvez você até queira por fora, mas lá no seu interior, lá no seu odinoque, seu cérebro não quer largar esse troço fumacento. Porquê?!
Em sã consciência lhe pergunto caro amigo que fuma: Você possui alguma má lembrança relacionada ao cigarro?!
Bom, com raríssimas excessões acredito que não. Mas, te deixo a resposta para o seu vício.
Você não quer parar porque seu cérebro não lhe da um bom motivo. Aliás, ele te da razão pra continuar a fazer fumaça.
Um cigarro relaxa quando você está triste, ancioso, quando se sente deprimido e quando você está feliz ele te relaxa te deixando até mole de tão relaxado.
Assistindo o programa do Jô que cheguei a esta conclusão. Ele mostrava uma entrevista de histórias de gente que largara o fumo mas nunca o esqueceu. Contou o caso do homem que perdeu o rumo de onde ia seguindo uma pessoa que fumava e soltava sua fumacinha no ar. Um cara da platéia dizia ter largado o cigarro há 14 anos: Até hoje ele sonha com o cigarro. O Jô citou também o Drauzio Varela, sim, o médico, que deixou de fumar há 27 anos. Drauzio disse a Jô que se algum dia um médico dizesse que ele só tem uma semana de vida, a primeira coisa que ele faria era compra um maço.
Não interessa o que o cigarro esteja fazendo ao seu corpo, seu cérebro jamais vai admitir 100% que o cigarro é algo ruim, mesmo com 4700 substâncias tóxicas, podendo te causar cancêr de quase todos os seus órgãos, ou até deixando você impotente, pro seu cérebro, o cigarro vai ser pra sempre uma droga deliciosa que relaxa seus nervos enquanto o resto do mundo os deixa a flor da pele.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A inteligência é uma droga (puro)

Todo dia quando chego na faculdade é a mesma coisa: "Dae véi, só?!" e fazem aquela cara de "hehe, você ta chapado né, colega?!"
Tá legal, não sou um super filósofo ou pensador, mas penso. E quanto mais penso, mais sou taxado de drogado.
Whata hell, man?! Que mundo é esse em que pensar demais é conseqüência do uso de entorpecentes?!
Eu tenho uma aula chamada "construção do saber" que a turma "carinhosamente" ja chama de "destruição do saber". De boa, o professor é foda, ele tem altas idéias que ultrapassam os limites, são coisas que você nunca parou pra pensar mas que fazem muito sentido. Ele expõe as idéias dele e viaja num mundo que não é necessariamente dele já que ele tenta explicar o que há nesse mundo para nós, mas, com raríssimas excessões (e eu felizmente estou nessa) entendemos o que ele quis dizer com tamanha viagem.
Não nego que uma grande parte das minhas idéias, algumas delas muito boas, tenham saido de uma boa bebedeira, mas a minha inspiração de verdade não necessita de eu estar ligeiramente entorpecido para te-las. Meus poemas e minhas músicas nunca sairam de uma bebedeira ou coisa assim.
O que acontece é que o mundo deixou de pensar. Numa dessas aulas, o professor entregou um texto cujo o título era "Para que pensar?" e puro e simplesmente, cara, porque a gente ainda pensa?! O mundo pensa pela gente, autoridades, organizações, religiões, ideologias prontas, hoje em dia tudo vem mastigado em cima da gente. Chego ao ponto de pensar que algumas pessoas pensam menos que "animais irracionais", coloco entre aspas porque acredito que até esses devem pensar mais que alguns humanos.
A diferença entre os humanos e os animais é que eles ainda têm que pensar, mesmo que agindo por instinto, acho que eles ainda têm a capacidade de pensar nos porquês de seus atos, já nós fazemos e pensamos algumas coisas prontas, porque a tv disse, o papa, sua revista Veja e outras idéias que você foi manipulado a fazer e acha que saiu de sua cabeça. Aí quando você para pra pensar, não quer ser um "manipulado pelo sistema" como se diz em bom punk, você é o rebelde, o drogado, que tem idéias que ninguém intende tão bem porque ja perderam essa capacidade de pensar, a curiosidade de buscar, perderam sua essência, sua alma, porque perderam a única coisa que realmente vale a pena fazer.
Agora, eu fico aqui, com essa cara de drogado, com as minhas idéias, minhas músicas e meus poemas "inexplicáveis" porque acham disso algo tão sem juizo que nem se dão ao trabalho de pensar ou tentar entender uma explicação.
Eis aqui, uma opinião sincera de um poeta incompreendido (e agora, esta última frase será interpretada como exagero, ou em um bom tom irônico de quem não pensa muito "oh coitadinho, ninguém intende ele". Se um ser que pensa isso de mim me intender, me avisa pra eu te dar um parabéns do tamanho de sua ironia).

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O tempo (puro)

É... Mesmo lutando contra o tempo, ele é invitável, ingrato e interessante.
Porque fugir de algo que mais cedo mais tarde irá acontecer?!
Vamos ficar velhos, vamos morrer, nossos cabelos e unhas continuarão a crescer.
A falta de inspiração. Inspiração em excesso, ao ponto de ser indescritível em palavras.
Não tenho mais nada para escrever ao mesmo tempo tendo muito para escrever.
Estou tão cansado, não consigo dormir. Tenho medo do tempo. Tenho mesmo. Muito e muito e muito medo do tempo.
Ao mesmo tempo em que me imagino um velho sábio ainda vejo aquele jovem poeta que poucas vezes alcançara seu nirvana.
Oh Nirvana! Sua caixa em forma de coração foi a última música que escutei antes de deixar a menor idade, a primeira da maior idade e quero que seja a última que ouvirei.
Tem noção que há algumas horas atrás eu deixei de sair pra beber pra assistir uma aula?! Não qualquer aula. Era a do Marco Rossi... Cara, quanto mais vejo aula desse cara, mais me sinto ignorante. Mais eu quero ver as aulas.
Uhul! Vivemos nas sombras do nosso próprio mundo, não há como sair dele, então, onde está a verdade?! O mundo é a essência. Quero fuçar o mundo e explorar cada canto como alguém que procura algo que puro e simplesmente não existe.
A falta de sentido. Onde vou parar?! Isto importa?! É real?! É matrix?! Como diria Raulzito: "eu tenho uma porção de coisas pra fazer e eu não posso ficar aí parado" ou "eu corro, tenho uma porção de cavalos calados".
Enchendo lingüiça. Agora a lingüiça está cada vez mais sem noção.
A falta de sentido.
Eis eu aqui, oh irmãos. Puro e simplesmente sem sentido.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

I don´t wanna grow up! (puro)

Daqui a menos de 24 horas vou fazer 18 anos.
Oh Bog, eu não quero ficar velho!
A angústia adolescente ainda não me pagou.
Meu durex ainda cola.
Minha vida não é preta e branca.
Meu pulso pulsa.
Eu sou um poeta e aprendi a amar.
Amo incondicionalmente até me fazer mal.
Se não for para envelhecer ao seu lado, não quero ficar velho, oh meu amor.
Mas se ficar ao seu lado, serei jovem para sempre.
Espero não virar adulto aos 18.
Adultos são caretas, idiotas e sem nenhuma graça, sem nenhum tesão, sem... sem... vida!
Eu tenho uma porção de all stars que quero usar por um bom tempo.
E pros que erram feio e bastante, eu sou tolerante.
Minha doce menor idade, descanse em paz.
Vou lembrar de você como os melhores anos da minha vida.
E vou amar como amo todas as pessoas que passaram pela minha vida.
Pessoas em especial, sempre as amarei.
Amarei para sempre.
Mais um dia para completar meu serviço.
Mais um dia para estragar meus nervos.
Eu soube.
Eu li.
Eu voei.
Eu me esforcei muito para ter um papai, mas eu só tive um pai.
Oh não! O tempo passa depressa.
Agora o que posso fazer?! Crescer, ficar entediado e velho?!
O que farei, o que farei?!
Aceitar a velhice?!
Oh amarga velhice. Se aproxima e me destrói aos poucos.
O desespero de quem não quer crescer mas não pode ser Peter Pam.
Old Age!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Eu bebo porque é líquido (puro)

Esse final de semana fiz algo que não fazia há um bom tempo: bebi paca.
O que posso dizer: andei muito pelo centro dessa londrininha e junto a alguns colegas bebemos mais de 10 garrafas de cerveja quase sem parar.
Qual a graça de beber?! Cara, não sinto mais a leveza que sentira nas primeiras vezes em que chapava o côco gostoso, mas beber com esses colegas trouxe uma coisa tão interessante e ao mesmo tempo engraçada porque nem na minha cabeça cabe a idéia direito. Agora a gente bebe e de repente estamos discutindo filosofia, sociologia, política, religião, artes e altos assuntos de cultura que não se espera que um bêbado normal converse.
Falamos do mito da caverna e tiravamos conclusões incríveis de que é mais fácil pro homem viver nas sombras do que encarar o mundo real e quem nos trouxe o mundo real a gente ignora ou como no mito, a gente mata. Vivemos na caverna onde a televisão é a sombra e a tomamos como verdade.
Na política, até Hitler de certo modo foi um herói da nação alemã controlando a deflação, inflação e o diabo (bem... o resto que ele fez ninguém concordou mesmo). Bom, não muda o fato que ele salvou a economia alemã e depois detonou com ela.
O resto da conversa nem lembro direito, mas lembro que a gente chegou a discutir o amor, a religião chegando ao ponto de o que é mais importante?! E todos chegamos a conclusão de que o amor é importante. Um sentimento estranho que faz a gente mudar até o nosso jeito de ser pelo bem maior que este nos traz.
Ao contrário de outras drogas, a boa e velha cerva não faz uma massagem no seu cérebro nem nada disso, mas faz você pensar no mundo de uma outra forma e esta forma é incrivelmente diferente de como se enxerga o mundo sóbrio.
Beba cerveja, beba qualquer coisa, chape-se e curta.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Porque não ouvi isso antes?! (puro)

Ja parou pra escutar um som novo e se perguntou depois: "Cara, como eu vivia antes de ouvir isso?!" Essa semana tive o imenso prazer de pensar isso denovo.
Uns tempos atrás ouvi falar de uma banda chamada Dinosaur Jr. Depois de muita preguiça e um pouquinho de coragem lá vai eu ouvir a tal banda de rock dos anos 80/90. Até agora me delicio ouvindo a primeira faixa do disco Green Mind. Ela é doce, gostosa de ficar ouvindo, não compulsivamente como eu faço, mas é gostosa.
Outros discos em que você pensa isso, bom, pelo menos eu pensei, foi ouvindo o "The Dark Side of the Moon" do Pink Floyd, qualquer um do Elvis Presley também é bom. Jimi Hendrix "Axis, Bold as Love", Leonard Cohen "Songs of Love & Hate" e o último que eu me lembro no momento "Yanqui" do Godspeed You! Black Emperor.
Agora estou com sono e dor de cabeça. Eu queria fazer um texto grande e que desse prazer ao ser lido, mas, o cansaço tornou este texto cansado, cansante e pequeno. Pra dizer a verdade nem quero publicar este texto, mas acho que qualquer momento em que houve inspiração e esta foi registrada, deve ser publicada.
Quando eu voltar ao "normal", prometo escrever algo melhor.