sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O nada existe! (destilado)

"Acredite-me, o nada existe ou nada existe. Este texto só existe porque você esta lendo e agora ele tem valor. O que você acabou de ler já não existe mais.Tudo que você leu e irá ler não possuem nenhum valor até que você o leia.

O passado não existe. Este nada mais é do que uma imaginação coletiva no qual todos passaram a acreditar que existiu. O que você acabou de fazer já não existe, mas você imagina que existiu.

Não estou te vendo. Você não existe. Você nada mais é do que uma imaginação coletiva no qual as pessoas acreditam que você existe. Se você não está me vendo é porque eu não existo, mas há uma série de imaginações coletivas que dizem que eu existo. Você me lê, mas isto não é garantia de que eu exista ou este texto existe. Aliás, tudo pode ser fruto da sua imaginação que gera uma imaginação coletiva e o faz acreditar que tudo isso é real. Talvez possa estar em coma em um hospital acreditando que estou escrevendo tudo isso assistindo o jornal na televisão.

Não consigo mais sorrir. Não vai demorar muito para acreditar que tudo que acontece é uma conspiração, pequenas ações presas ao plano maior que está sendo executado aos poucos."

Trecho do meu diário.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Breve conclusão (destilado)

De pontos extremos chegamos ao igual:
O fogo assim como o gelo
Queimam a pele

Amor (destilado)

Como descrever o amor?!
A melhor droga do mundo, não da pra viver sem.
Quanto mais, melhor, quanto mais, mais se necessita,
mais se há dependência,
mais se morre à sua abstinência.

domingo, 23 de agosto de 2009

Tempo? (puro)

Negue o tempo.
Acredite-me, ele não existe.
Foi criado por homens e é manipulado por eles.
Nego o tempo completamente, mas não tenho um nome para descrever o que se passa.
O mundo gira em torno do tempo.
Somos apenas pequenas pecinhas de uma grande conspiração ou como já ouvi uma vez "Apenas trabalho no filme, não explico as piadas."
Estamos tão preso a isto que chamamos "tempo" que já andamos presos à ele.
Temos o tempo preso ao corpo.
Temos relógios.

Sapato 36 (puro)

"Eu calço é 37, meu pai me dá 36. Dói, mas no dia seguinte aperto meu pé outra vez."
Não escrevo essa frase do Raulzito porque estamos na época de 20 anos sem a figura. Escrevo porque essa frase no seu subjetivo é incrível.
Cara, meu pai não entende certas coisas que se passam na minha cabeça. Claro que pode ser loucura o que se passa nela, mas são minhas coisas, minha vida, minhas escolhas.
Trabalhar com o velho não foi lá uma super idéia, mas sustenta meus "mimos". Papai quer mais. Ele não ve necessariamente as minhas necessidades atuais, pensa demais no futuro. É aí que a coisa não dá certo.
Não sou trabalhador, trabalhar nunca foi meu forte. Não durmo 4 horas por noite, definitivamente não gosto de levantar cedo. Trabalho off-line, no automático, pra chegar em casa e durmir até a hora de correr pra faculdade.
Até gosto da faculdade. É mais fácil que o colegial, sem dúvida, nem qualquer sombra dela. Vamos aos fatos: no terceiro ano do colegial, eu tinha 20 matérias diferentes. Na faculdade, eu tenho 6. Isso é mole.
O trabalho complicou um bocado as relações com o meu pai. Não temos assunto, não há intimidade, nossa relação é muito "patrão-funcionário" só que em casa.
Intimado a viajar esse final de semana pra ver umas plantações lá pros lados de Marília, percebi que papai quer meu bem, mas pra isso, vai ter que me alienar à força.
O trabalho tenta alienar o homem, papai tenta alienar o artísta, no caso, eu.
Tentam nos convencer de que o trabalho é algo bom quando sabemos que não. Trabalho é uma maldição, é fato. Escravisavam as pessoas em um passado nem tão distante para que outros não se dessem ao trabalho, para que pudessem pensar e comandar.
Eu sou um pensador, não sei trabalhar e nem me interessa saber, acredite-me, penso demais, o tempo todo. Já comecei a me vender pro sistema, mas este não irá me alienar enquanto tiver a capacidade de pensar.
"Eu tenho as minhas idéias, meu pai têm as dele. É chato, mas no dia seguinte sigo oprimido novamente."

domingo, 16 de agosto de 2009

Falta inspiração... (puro)

Cara, muito tempo sem escrever me irrita, mas, o que escrever afinal de contas?! Escrever por escrever é tão deprimente quanto não escrever.
As semanas passam batido, o final de semana é conturbado, tudo é uma rotina, o tempo voa, envelhecemos e eu nego o existência do tempo porque não acredito que as vezes o tempo passe tão depressa e as vezes tão devagar e dificilmente enxergamos no que mudamos.
Há alguns meses atrás meu final de semana era outra rotina, há alguns minutos era quarta-feira.
O final de semana razoavelmente careta tornou-se promiscuo e tão mente aberta que as vezes meu cérebro pula fora da minha cabeça. O prazer, o sexismo e a carência afetiva é uma coisa um tanto chocante pra mim quando não devia ser mais, não que seja chocante, é algo subjetivo e explícito ao mesmo tempo, talvez esta seja a graça.
Alguns velhos hábitos mudam aos poucos. Sem amante, apenas um caixinha em forma de coração guardada, pensamentos mudam, apesar de não acreditar no tempo, ja parou pra ver o quanto você mudou em um ano?!
Pelo que me lembro e pelo meu diário, estava bem melhor, estava fazendo algo que chamo "um jogo de amor", me sentia entusiasmado e ancioso, hoje, a única coisa que ando esperando é meu dinheiro no início do mês para consumir e depois me achar ridículo por isso.
Anda faltando uma droga muito foda no meu organismo da qual eu era viciado. Sem ela não há inspiração de verdade, o problema dela, é que quando a tenho não há como descreve-la, de qualquer forma, acabo por não escrever bem.
Falta inspiração e um pouquinho daquela droga pra me deixar um pouco bem por algum tempo.