terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sobre a vontade

Acho que essa minha vontade de viver
Vai ser a causa da minha morte.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Amargura

"Mas por que tamanha amargura?"
Quando parei para pensar nisso me vi amargo, triste, niilista.
Percebi que minha vida é isso porque cresci para isso, fui educado assim. Fui simplesmente educado para me frustrar.
Cresci buscando um apoio que nunca me foi alcançado. Me vi e me permitir crescer vendo as frustrações crescendo ao meu lado e ninguém para me tirar de perto dela.
Não estou reclamando que as pessoas no passado deviam ter me oferecido apoio, não. Eu podia ter feito algo, podia mesmo, mas não sabia que podia. E no meu mundo, coisas que não eram tão difíceis aparentavam ser impossíveis.
É difícil. É frustrante.
Vejo o tempo passar, vejo tudo que podia fazer e não faço. Vejo meu potencial sendo jogado no lixo todo dia e nenhuma solução me vem.
Não percebem meu potencial, não se importam com o meu potencial. Não é dado a mesma importância que eu dou para o que eu acho importante. Isso me frustra.
Eu não sinto apoio, não acredito que ele esteja próximo de mim. Essa desesperança, descrença em mim mesmo me mata aos poucos. É como se a minha complexidade não fosse levada a sério.
Como não vou ser amargo se não posso ser nem ao menos sincero?
Minha sinceridade incomoda aos demais e muito.
Minha família não vê isso. Agem como não se importassem. Sou apoiado a deixar meus sonhos irem embora porque acham que é o melhor para mim. E não podem dizer que não porque, sim, deixam minhas aspirações irem embora e não pensam se talvez eu quisesse fazer diferente.
Eu vejo minha família colocar obstáculos para mim que existem para qualquer outra pessoa, mas que quando é aplicado a mim, parece uma causa impossível, algo completamente inviável e minha solução não é posta como a melhor.
Na verdade eu só vejo minha família dar importância as coisas que matam meus sonhos. E ainda as tratam como o melhor para mim.
"Mas por que tamanha amargura?"
Ela agora aparece tão óbvia, clara. Mas e daí?

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Talvez

Talvez a morte seja a melhor coisa que a vida pode lhe oferecer.
Talvez... Talvez

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Algo a ver com satisfação, eu acho

Tenho que admitir que com exceção de algumas coisas, alguns fatos, minha vida tem estado muito boa, interessante.
Mas se fico insatisfeito por não conseguir algo, por outro lado também não me sinto satisfeito conseguindo.
E reclamo da minha insatisfação o tempo todo.
Estou ficando chato, velho e entediado.
Adianta fazer algo novo se já não se sente o tesão por isso?
Se há tesão porque não há satisfação?
Pensando bem, acho que sei sim a razão disso

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Caro blog

Sim, pretendia deixar de escrever aqui.
Sim, sentia muita falta de escrever aqui.
Faz um tempo que não tenho escrito nada de razoável valor. Pelo menos de valor para mim.
Tenho me dedicado a viver. Viver o intenso, o simples, o complexo... viver.
Viver por si só é algo demasiadamente complicado. O mundo oferece a todo momento uma forma nova, interessante ou não de viver e ultimamente nenhuma delas tem me agradado.
Na verdade, sabemos (quem lê o blog, claro) que as formas de viver que o mundo oferece nunca me trouxe plena satisfação, mas ia deixar para falar sobre isso no final desse post.
A minha dedicação com o viver tem consistido em não apenas viver, mas observar a vida, as pessoas, seus atos, suas sensações. Eu tenho visto e experimentado a vida.
Eu tenho deixado de falar aqui sobre certos detalhes da minha vida pessoal que antes compartilhava. Não porque acho irrelevante postar sobre isso, mas sim porque... porque... bom, aí está.
Deixar de escrever me irrita, me faz me sentir burro ou, de certa forma, incapaz de escrever, mesmo sabendo que isso não condiz com a realidade.
Acho mais que passei os últimos tempos fugindo de mim mesmo. Entorpecendo a minha mente e vivendo apenas por viver. Existindo. Mas não posso negar que o que vivi e observei é muito válido.
Ultimamente tenho vivido aquela velha crise de identidade. A diferença é que ao invés de Genesis tenho ouvido Beatles e Tame Impala.
Não tenho apenas perguntado a mim mesmo quem sou, mas o que vim fazer, o que vim deixar. Há dois anos eu comecei a escrever um livro, tive idéias para mais dois ou três. Escrevi muitas músicas. Acho que desde que criei esse blog eu passei a compor melhor. Mas em nenhum momento me sentei e pensei comigo mesmo "vou me dedicar a isso". Bom, pensar eu pensei, mas não tirei as idéias da minha cabeça. Deixei elas la. Deixei que voassem com o vento.
Não tenho lido livros e admito isso com uma certa vergonha. Não tenho me dedicado a leitura, também.
Acho que apenas não tenho me dedicado.
Me sinto sempre cansado.
Estou cansado de estar cansado. De não sentir força e vontade para fazer as coisas que quero.
Me dediquei a viver porque antes me dedicava apenas a observar, a pensar e narrar tudo isso. Queria sentir na pele o que era viver e tenho feito isso muito bem até. O que a vida oferece é bom, mas uma hora já não é mais suficiente.
Tenho me sentido insatisfeito como sempre, mas agora aquela força de vontade de seguir em frente que já não era muito grande, parece estar quase nula.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Sem título

E o que importa os corpos
Se o que precisamos são as almas?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

25 de abril

25 de abril foi um dia diferente.
Foi de um jeito que não me lembro se alguma vez fora igual
Duvido.
Foi um dia em que eu senti a energia positiva
Foi um dia que estive disposto a fazer algo
Foi um dia que fiz algo
Foi um dia em que senti satisfação pessoal
Foi um dia em que me senti recompensado
É, eu sei que nunca mais vai acontecer.
Mas talvez valha a pena sonhar com dias assim.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

2012

As vezes
Por mais que eu não tenha a resposta
Eu só queria ouvir a pergunta.