"Mas por que tamanha amargura?"
Quando parei para pensar nisso me vi amargo, triste, niilista.
Percebi que minha vida é isso porque cresci para isso, fui educado assim. Fui simplesmente educado para me frustrar.
Cresci buscando um apoio que nunca me foi alcançado. Me vi e me permitir crescer vendo as frustrações crescendo ao meu lado e ninguém para me tirar de perto dela.
Não estou reclamando que as pessoas no passado deviam ter me oferecido apoio, não. Eu podia ter feito algo, podia mesmo, mas não sabia que podia. E no meu mundo, coisas que não eram tão difíceis aparentavam ser impossíveis.
É difícil. É frustrante.
Vejo o tempo passar, vejo tudo que podia fazer e não faço. Vejo meu potencial sendo jogado no lixo todo dia e nenhuma solução me vem.
Não percebem meu potencial, não se importam com o meu potencial. Não é dado a mesma importância que eu dou para o que eu acho importante. Isso me frustra.
Eu não sinto apoio, não acredito que ele esteja próximo de mim. Essa desesperança, descrença em mim mesmo me mata aos poucos. É como se a minha complexidade não fosse levada a sério.
Como não vou ser amargo se não posso ser nem ao menos sincero?
Minha sinceridade incomoda aos demais e muito.
Minha família não vê isso. Agem como não se importassem. Sou apoiado a deixar meus sonhos irem embora porque acham que é o melhor para mim. E não podem dizer que não porque, sim, deixam minhas aspirações irem embora e não pensam se talvez eu quisesse fazer diferente.
Eu vejo minha família colocar obstáculos para mim que existem para qualquer outra pessoa, mas que quando é aplicado a mim, parece uma causa impossível, algo completamente inviável e minha solução não é posta como a melhor.
Na verdade eu só vejo minha família dar importância as coisas que matam meus sonhos. E ainda as tratam como o melhor para mim.
"Mas por que tamanha amargura?"
Ela agora aparece tão óbvia, clara. Mas e daí?
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