quinta-feira, 30 de abril de 2009

Spirit Desire (puro)

Essas duas maravilhosas palavras foram tiradas de música "Teenage Riot" do Sonic Youth.
A música em si fala de tumulto adolescente, aquele lance de ser rebelde sem causa, ser inconseqüente, irresponsável e tals. Porquê somos assim?! A resposta está ali.
Desejo do Espíto. Puro e simplesmente isso. Sei la, cara, sou capaz de criar uma ideologia sobre isso.
"Meus heróis morreram de overdose, meus inimígos estão no poder, ideologiaaa, eu quero uma pra viver..." Eis a minha:
Spirit Desire
A seguinte idéia se trata de justificar ações, situações, desejos, fetiches e outras cositas mas a partir de uma resposta bem simples: você agiu pelo seu desejo de espírito.
não sei se ja leram "A Laranja Mecânica" mas em certo momento o personagem principal discute consigo porque gosta da ultraviolência, porque gosta de bater nas pessoas pelo simples prazer de bater. Ele não sabia justificar então disse que era assim porque Deus o fez assim e ele não conseguia lutar contra sua própria natureza, o próprio instinto, o próprio Spirit Desire.
Bom, vou agir como ele. Deus nos fez assim, logo, não da pra lutar contra os próprios instintos, impulsos, você pode até controla-los, mas nem sempre dará certo.
A ideologia se concentra principalmente em dizer o que Raulzito dizia: aquela frase do Mr. Crowley "Faça o que tu queres, será tudo da lei".
Claro, eu também queria que fosse assim, mas acredito que por mais que se faça tudo que quer e pronto, deve-se haver um pouquinho de empatia, o suficiente pra você não se satisfazer fazendo mal às outras pessoas. Bater nas outras pessoas por prazer pode ser bom pra você, mas pense na pessoa em quem se está batendo.
É digno de respeito toda e qualquer idiotice praticada por uma pessoa inteligente. Esta deve planejar muito bem seu erro antes de comete-lo, porém, um vacilo ou outro também é perdoável. As pessoas menos dotadas de intelecto ou idiotas mesmo deveriam parar pra pensar mais. Exercite a mente.
A mentira, claro que nem todas, devem ser perdoadas, como dizia Cazuza "Se te escondo a verdade, baby, é pra te proteger da solidão". Mentir cria um mundo novo, você pode mentir porque acha que o assunto não interessa a outra pessoa e quer fechar um assunto. Mente porque sabe que fez coisa errada e quer encobrir, esta é mais perdoável porque se alguém mente pra esconder um erro é porque sabe a gravidade dele e quer se livrar logo do peso da culpa. Antes de julgar a pessoa por uma mentira, deve-se pensar pelo lado dela. É difícil acreditar em alguém no qual se estivesse na mesma situação também mentiria, mas lá no fundo, de um crédito à pessoa.
Curta sua vida ao máximo, aproveite cada momento porque o tempo não volta, perdoe exatamente por isso, porque se a outra pessoa pudesse voltar no tempo para reparar o erro, provavelmente ela voltaria, se falar da boca pra fora, saiba ouvir do ouvido pra fora e o mais importante: Seja feliz, realize-se, enjoy ;D

A mulher do ano (puro)

Meu, eu tinha que falar dela. Susan Boyle conquistou o mundo em 7 minutos, cara, com direito a filme contando sua história e tudo mais.
Pra que tudo isso?! Vou ser direto. As pessoas se sentiram culpadas porque não botaram fé no patinho feio?! Só porque a moça não é uma modelo todo mundo esperava que ela se fudesse no palco?!
De boa, pra mim, uma pessoa é bonita pela simpatia, pelo seu jeito de ser. Ela lá toda simples e brincalhona pra mim é bonita, ganhou minha simpatia só pelo jeitão de ser.
Eu nunca tinha assistido o Britain´s got talent antes, só o American´s porque passa no canal da Sony. O meu maior prazer em ver a apresentação foi ver aquele Piers mancada, ridiculo, crítico do inferno se espantar e ficar quietinho, já que o que ele queria mesmo era meter a boca na pessoa como ele faz com quase todo mundo. As pessoas que riram dela quando ela falou de seus sonhos também babaram e ficaram loucas vendo a moça cantar.
Confesso que também não botava tanta fé nela, mas pra quem ja se apresentou em público e sabe como é a parada toda, eu não desejo que ninguém vire objeto de risadas, que ninguém se foda ou coisas assim, sabe.
Que isso sirva de lição para todos: Não julgue o livro pela capa. Não julgue alguém pela aparência.

Doom, bugado, zuado e fodão (puro)

Bom, como eu falei que ia escrever sobre o joguinho, taí, vou falar desse jogo bugado, do mal, mas interessante.
Ele foi lançado em 93 pra computador (imagina o sujeito jogando isso na época, man) e o foda é q na época umas 15 milhões de pessoas jogavam o que se pudia chamar de inovação, já que era o primeiro jogo de tiro em primeira pessoa, tinha idéias 3d e tals, resumindo, é pros jogos o que o Matrix foi pro cinema.
Foi criticado um monte de vezes pelas organiações cristãs pelo nível de sangue, violência e imagens satânicas, coisa embaçada.
A historinha é bem simples: O carinha é de marte, é de uma misão que não deu certo, uns bichos do inferno sairam de la e foram pra cima dele e ele tem que sair vivo. O resto da história é lorota, esse é um resumão básico do básico.
Se não me engano, joguei esse joguinho em 97. Era o Doom 2 e por acaso eu nunca conseguia passar da segunda fase.
depois de uns anos que eu joguei o 1 e eu lembro que era o único jogo que realmente assustava, uma vez eu deixei de jogar porque a fase parecia malvada junto com uma trilha sonora que dava um medinho.
Uns meses atrás eu tomei vergonha e fui jogar mesmo, peguei um emulador e joguei aqui, daí eu chegava num final que eu sempre morria e o jogo acabava, ficava puto da cara. Daí no início desse mês baixei umas versões mais reformuladas, modernas e tals e descobri que... no final você morre. Que outro jogo acabaria desse jeito, dude?! bizarro!
Comecei a jogar o 2 semana retrasada, passei da segunda fase. Agora ta louco.
Sem mais comentários. Away.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Uma lavanderia mental (puro)

Yeah!!! 1 e 41 da manhã, 42 agora. Atacado pela insônia, vontade de escrever (porque há duas semanas não tenho tido tempo ou uma boa inspiração pra escrever), ouço pela terceira ou quarta vez uma música do Elvis Costello "Peaçe, love and understanding".
A falta de inspiração de duas semanas se encerra aqui. Ja estava louco pra escrever. Tenho feito muitas bases de músicas nas últimas duas semanas. Pra quem fica meses e meses sem compor nada, sinto-me intusiasmado, alegre e desesperado. Já volto, vou tomar um refresco.
Ok, lá vai eu escrever o que se passou nas duas últimas semanas: bebi, fumei ( e acredite, não tenho muito orgulho disso) beijei minha amante, me senti bem e mal várias vezes (algumas delas, senti as duas coisas juntas). Passei um pedaço do final de semana buscando a juventude. Fiquei jogando Doom por horas (ainda vou escrever sobre o jogo, talvez), esse joguinho, inspiração de jogos como CS, Half Life e varios jogos de tiro em primeira pessoa, era um jogo que eu era fascinado. Bom, agora me sinto velho e fedorento e babão e cansativo. Preciso de um banho, uma guitarra, um tempo, uma música. Há umas 12 horas atrás, me senti "nirvânico" ouvindo uma certa caixinha em forma de coração. Me lembrava do video e do quanto amo as cores e coisas que aparecem nele . Nesse momento, pouco importa o rumo que este texto toma, puro e simplesmente viajo num mundo só meu.
Você imagina seu futuro?! Acho que todos imaginamos. Minhas perspectivas não são muito boas quanto ao meu: Não tenho mais tanta vida social, ando sendo resumido a trabalho e faculdade e isso definitivamente me incomoda. O que me foge um pouco da rotina é ficar com a minha amante vez ou outra.
O que você vê no seu futuro?! Me sinto em uma enrascada. Não quero trabalhar, mas quero dinheiro, quero um tempo pra mim, pra espantar os demônios, ando tão sem tempo que o pouco tempo livre que tenho eu vou dormir, eu paro de funcionar, hoje é feriado daqui a umas 4 horas eu vou estar de pé pra porra do trabalho.
Papai planeja meu futuro, não quero ser como o meu pai. É a maior filha da putagem o que vou dizer mas a vida dele se resume a trabalhar um monte pra sustentar uma filha vagal e um filho sem noção que as vezes queria ser vagal como a irmã, mas sente um poquinho de empatia e faz alguma coisa pra não se sentir mal. Claro que eu quero ter dinheiro, só não quero trabalhar.
O blog agora se tornou meu novo caderninho e aqui espanto parte dos meus demônios.
Como sempre, vim querendo escrever algo e terminei em outro, perco boas idéias o tempo todo e novas idéias surgem quando escrevo, as vezes não da tempo de escrever a idéia e ela se perde, perdi muitos poemas, músicas, bases de músicas assim, pensando rápido demais para o mundo.
Pelo menos o que escrevo aqui tem mais cabeça do que tem no caderninho. Tenho várias coisas escritas e perdidas no quarto. Tenho dois cadernos: em um escrevo o que sinto e tento explicar do meu jeitinho. Em outro escrevo músicas, poemas e cartas acho que desde que toco guitarra, não tenho muitas músicas escritas, algumas estão pela metade, nunca terminadas, algumas bases estão na minha cabeça há anos e nunca sei o que fazer com elas, tem uma base de música que está na minha cabeça faz três anos e nunca fiz uma letra pra ela. Escrevi aquela música pro Kurt (post abaixo) em uns dois dias, começei a escrever uma pra minha amante e falta só algumas frases. Uma vez criei uma base enquanto esva no cemitério a noite com o Michel ( um amigo meu dos mais fodas). Lembro de ter escrito a letra daquela música na escola e passei a escrever tudo com um certo grau de complexidade e subjetividade. Tudo mesmo. Chamei a música de "AcidBase" e tenho certeza que você não tiver um contexto do que se passava na minha vida você não entende a letra. Não sei se alguém prestou atenção na "For Kurt" mas digo que se não tiver contexto, um abraço.
Bom, aqui estou tentando escrever com o máximo de sanidade possível. Os caderninhos da vida são recheados de coisas insanas que só a mim tem sentido.
Ah, já chega, quem leu o que escrevi agora deve estar me xingando por dentro pois roubei um pouco do seu tempo (ou pode ter se identificado, melhor pra você, não perdeu tempo lendo esse lixo sem achar um conteúdo). Prometo escrever algo mais são da proxima vez ok?! Abraço!!!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

For Kurt (puro)

"Falando a lingua de um simplório experiente que obviamente preferia ser um eliminado, infantil e chorão, este bilhete deve ser fácil de compreender".
Oh man, tinha a obrigação de vir escrever isto hoje. Pensei neste dia várias vezes...  Estamos há 15 anos sem o cara que mudou uma geração com um grito: "Com as luzes apagadas, é menos perigoso".
E agora?! O que vou falar dele?!
Ao meu lado uma revista de 10 anos sem Kurt... Não parece que faz tanto tempo que o escutei pela primeira vez, pra dizer a verdade, podia falar que foi ontem.
"Vou ser um superastro da música, me matar e me apagar numa chama de glória." Quando Kurt disse isso, era um adolescente, nem fazia idéia do que estava por vir. Quando ja era famoso e estava prestes a atirar na sua cara, resumiu esta frase usando um clássico de Neil Young "É melhor queimar do que se apagar aos poucos." (E quem achar que a frase não é do Neil, vá ouvir "Hey hey, my my")
Ele passou uma mensagem, mais do que vender discos, quebrar guitarras, ele fez algo por muitas pessoas: Libertou almas, mostrou seu spirit desire ao mundo e não demorou muito para as pessoas liberarem seu spirit desire, eu sou uma delas.
Não é querendo ser paga-pau, mas ja pagando, mesmo quando ainda nem tinha parado para ver o que a letra de música dizia, era como se eu me sentisse liberto, como se de repente enxergasse algo que sempre esteve na minha frente o tempo todo e eu nunca vi, achei uma disculpa para me sentir bem, para se sentir mal, para ser infantil, para ser adulto, para ser idiota, para ser inteligente e a disculpa é bem simples: Não há razão! Somos assim e pronto, errados, errantes, é a nossa natureza, nosso spirit desire, Deus nos fez assim e não podemos lutar contra isso.
"A cada dia, todos nós passamos pelo céu e todos nós passamos pelo inferno." e believe, chega uma hora em que achamos que só estamos no inferno, é a vontade de se sentir bom e ruim ao mesmo tempo, sabe, é como ter um problema, odiar esse problema, mas não querer se livrar dele, é como querer estar sempre no inferno e você não quer estar lá, mas não quer sair.
"As vezes, me pergunto se eu não poderia muito bem ser o rapaz mais feliz do mundo." Kurt adorava reclamar de sua fama, mas não deixou de reclamar quando a MTV passava menos vezes seu clipe na tv, a necessidade de ter um problema, sempre poder reclamar por mais que tudo esteja bem.
"Faz muitos anos agora que não sinto entusiasmo ao ouvir e fazer música, bem como ao ler e escrever. Minha culpa por isso é indescritível em palavras... Eu tentei tudo o que estava em meu poder para gostar disto, e eu gosto. Deus, acredite em mim, eu gosto, mas não o suficiente... Devo ser um desses narcisistas que só gostam das coisas quando elas acabam. Eu sou sensível demais. Preciso ficar ligeiramente entorpecido para recuperar o entusiasmo que eu tive uma vez quando criança... Existe o bom em todos nós e acho que simplesmente amo demais as pessoas. Tanto que chego a me sentir mal... Eu tive muito, muito mesmo, e sou grato por isso, mas desde os 7 anos passei a odiar todos os seres humanos em geral. Apenas porque parece tão fácil às pessoas conviver e sentir empatia. Empatia! Só porque eu amo e sinto demais por todas as pessoas, eu acho. Obrigado do fundo do meu estômago queimado por suas cartas e preocupação nos últimos anos. Eu sou mesmo um bebê errático e triste! Eu perdi a paixão então lembrem-se, é melhor queimar do que se apagar aos poucos. Paz, amor, empatia. Kurt Cobain." Particularmente, acho que este era o final perfeito para sua carta.
Por muitos anos achei que Kurt não tinha se matado. Alguém o matou, a mando de sua mulher talvez. Há vários indícios de que Kurt havia sido assassinado. A caneta em cima de sua carta, a arma que ele usou entre outras coisas não tinha impressões digitais e... Kurt não usava luvas. Tinha um cara que dizia saber quem matou Kurt... Foi encontrado morto uma semana depois atropelado por um trem. 
Apesar de todos estes indícios, hoje, acredito que realmente ele se matou. Não por vontade, mas por necessidade. Depois que li "Mais pesado que o céu" uma biografia do Kurt, acredito que pura e simplesmente ele precisava de morrer. Não tem uma explicação, não precisa, era seu spirit desire e ele precisava de cumpri-lo. 
Abaixo, deixo uma letra de música que escrevi nos últimos dias.

For Kurt

Brush your teeth
Brush your teeth
You are in an avalanche
Beyond Leonard Cohen

You miss the comfort in being sad
I know I knew
You always listen what I say

chorus:
You are Suzanne
You are insane
You have your revenge
You are a dumb
You are Frances
You are a scentless aprendice

Don´t forget
Take a shower
Sometimes you are so smelly
Don´t forget
Someday you were so happy

Empathy, empathy
I´m feeling sweetly nostalgic
Oh my dear
You need to die to be romantic

A necessidade do errado, do passado, oh doce nostalgia!
Paz, amor, empatia. For Kurt.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Por que não ser músico (puro)

Cara, vou começar direto ao ponto: Se não é pra compor sua própria música e expor seus próprios pensamentos, nem pense em tocar um instrumento!
Esse pensamento vem me atormentando há dias, se você não concordar, tudo bem, cada um tem a sua opinião e eu estou apenas apresentando a minha.
Certos dias, tenho ouvido músicas as quais não têm a mesma "magia" de quando as ouvi pela primeira vez, músicas que ouço há anos perderam sua magia quando tive a brilhante idéia de toca-las. Puta que pariu, que idéia mais idiota que tive, a não ser que você tenha os mesmos equipamentos que o artista usou para faze-la, além de você não fazer igual, vai sentir que a música não tem mais aquele "que" especial que o fez ter interesse em toca-la. Me entristeci profundamente quando ouvi músicas que tinha certeza que seriam eternamente especiais e agora não têm mais tamanha magia e tenho certeza que não foi porque enjoei delas, ouço direto e reto rock russo, finlandês, sueco, etc, os quais ainda não me atrevi a tocar sendo elas faceis ou não. Neste momento estou ouvindo Sonata Arctica e suas músicas andam me fazendo sentir a velha magia.
Senti falta desta magia quando parei pra ouvir e tocar "Heart Shaped Box" do maravilhoso (puxo o saco mesmo) Nirvana. Quem ja ouviu esta música sabe o tamanho poder que ela possui, lembro-me até hoje da primeira vez que à ouvi no quarto da minha irmã. Era 2003, quando foi lançado o álbum preto do Nirvana apresentando "You´re know you´re right" uma música perdida que depois de vários processos judiciais, pode ser lançada. O clipe dela e o seu álbum mudara minha vida para sempre. Quando ouvi o refrão forte seguido da figura de Kurt Cobain se jogando em uma bateria, pensei "Cara, eu tenho que tocar guitarra", no final quando Kurt quebra uma guitarra pensei "Definitivamente, tenho que tocar". Um pensamento que dormia desde os 8 anos despertou, o desejo de tocar era tão grande que sonhei várias vezes eu fazendo um show a la Cobain. Quando este desejo queria adormecer novamente, fui no quarto da minha irmã ouvir o disco. Sinceramente, passei até por "Smells like teen spirit" batido até que chegou a faixa 9 do disco (Heart shaped box). A clareza, a sinceridade, a verdade que aquele som me passou foi tão incrível que cheguei a ouvir incontáveis vezes aqueles indefiníveis 10 segundos da introdução. Depois de um tempo, o desejo cresceu, minha irmã comprou o "From the muddy banks of the Wishkah". Hoje eles estão no meu quarto. Ouvia todo dia, explorei cada detalhe do som apenas ouvindo, não sou de decorar muitas músicas pra tocar, mas sei tocar quase a discografia inteira do Nirvana, foi com eles que aprendi o básico do básico de uma guitarra, aí, me atrevi a tocar coisas mais complexas (pra mim, "Heart shaped box" era mística) e la vai eu tocar esta caixa em forma de coração. Pronto, fiz a cagada, sei toca-la muito bem hoje, mas ela perdeu muito da magia, do seu poder místico que possuia antes de eu saber toca-la. O mesmo aconteceu com muitas e muitas músicas que acredito estar enjoado de certa forma e isso me fez buscar mais e mais músicas.
Bom, eu sei compor também, esta é a parte boa de ser músico. O problema é simples: a música é minha, eu conheço seus segredos, eu as fiz, sei toca-la, logo, ela não vai ter magia, pelo menos pra mim, não vou sentir o místico que procuro numa música. Se tiver oportunidade, postarei músicas minhas, cheguei a baixar um home studio, mas eu não tinha o número de série, agora não funciona mais, estou baixando um agora na esperança de possa mixa-las e fazer todo o devido procedimento.
O que anda sendo místico pra mim (e será pra sempre, talvez) são as músicas eruditas e as instrumentais super trabalhadas. Você que me lê neste momento, ja escutou Chopin, Beethoven, Godspeed You! Black Emperor alguma vez na vida?! Believe, escute. Seres virtuosos (não necessariamente rápidos) fazem sua música, não ligam para o mundo, simplesmente tocam, tenho orgasmos mentais ouvindo, apreciando, sentindo a magia de músicas que felizmente nunca saberei tocar.