sábado, 27 de junho de 2009

Tchau Michael (puro)

Como músico, sinto-me na obrigação de falar do Rei do Pop.
Tá legal, nunca fui um super fã de Michael Jackson, mas devo meus respeitos, afinal de contas, o cara era foda.
Custou-me acreditar que realmente ele tinha morrido, recebi a informação na faculdade. A princípio não acreditei muito até vasculhar a internet e mesmo assim não acreditei porque haviam sites desmentindo a história. Só acreditei mesmo quando cheguei em casa e coloquei na CNN americana. "Breaking News: Michael Jackson dies". Aí, a ficha caiu.
Na hora eu fiquei chateado e até agora ainda há uma mágoa.
Ele era um dos pouquíssimos artistas completos na atualidade, digo completo porque hoje não tem mais artistas que tem o dom de fazer confusão por onde passam. O cara tinha processos, histórias misteriosas e um monte de shows pra fazer. Hoje em dia quem faz isso?! Amy Winehouse e Lindsay Lohan!!!
Até umas horas atrás, dava pra desconfiar de um golpe pulicitário, pois o site oficial ainda vendia ingressos. Ingressos para shows que definitivamente, não irão acontecer. Michael deixou muita gente na mão e muita gente mesmo, pois da série de 50 shows que iria fazer na Europa, boa parte ja estava com sua lotação esgotada.
Agora, os fãs que adquiriram o ingresso tiveram a oportunidade de ter o seu dinheiro de volta pela Sony que garantiu a devolução. Boa parte ficara com a ficha como souvenir ou venderá daqui a alguns anos em um leilão e acredite, a peça custará milhares e milhares de dólares.
Bom, ontem, como ja disseram os fãs no Twitter, foi o 11 de setembro da música pop. Para os EUA, acredito que seja como perder a Xuxa, o Pelé ou o Silvio Santos no Brasil.
A música acaba de perder uma lenda viva, agora é apenas uma lenda.
Descanse em paz, Michael, você cumpriu sua missão nesse mundinho.

domingo, 21 de junho de 2009

Angústia da Insanidade (puro)

Oh, graças ao bom Bog, o tempo se estabilizou. Calma, eu explico, conto a vocês agora uma das mais bizarras experiências da minha vida, e ela ocorreu da noite de ontem à madrugada de hoje.
Era um tedioso sábado sem planos, sem alma, sem vida. Eis aí o ócio pesado e dolorido e eis eu ali, enjoado de ficar no quarto, enjoado da sala, enjoado do computador. "Quer saber, vou sair, se eu ficar mais um minuto em casa eu vou pirar de vez." pensava o pequeno Black. Mal sabia o que a noite reservava para ele.
8 da noite: o ócio, "o horror, o horror", cara, vamos embora, ligou para o seu amigo, pouco dinheiro no bolso e temos de voltar cedo, mas pelo menos não vamos ficar em casa.
Saímos, rodamos o mundo, como sempre, não havia clima, havia frio e o tédio permaneceu: Agora sair era o tédio, não queria estar na rua, não queria estar em casa, não queria estar em lugar nenhum, fomos ao bar.
Encontramos uma amiga que conhecemos na noite anterior, uma velha senhora se senta ao nosso lado e pede compania, ok, bebeu com a gente, fumou uns cigarros e se foi. Nossa amiga saiu para ir a uma festa, mas voltou uns minutos depois, sua festa seria muito longe para voltar a pé.
Saimos os três, fomos a outro bar e foi la onde a angústia da insanidade bateu forte como uma bela pancada na cabeça, ou como quando minha sinuzite ataca ( que acredito ter sido o caso).
Bom, bebemos pouco, mas acho que o frio, o sono e beber gelado fez algo em mim que nunca acontecera antes. De repente, vi coisas que não existiam, vultos, uma sensação estranha, eis ali o jovem Black tendo alucinações no que ele chamava de lucidez.
"Putz, cara, não estou muito bem" dizia a si mesmo e seus amigos, a moça foi embora e ficou só o meu colega, fomos a outro bar e lá, rolava um delicioso The Cure com um pequeno problema: O tempo.
Do nada, o tempo pura e simplesmente decidiu correr duas vezes mais rápido. Sim, te juro de pé junto que os ponteiros rodavam duas vezes mais rápido e as músicas também. O que era para ser mais uma noitezinha de quem sai apenas para não ficar em casa começava a ser um pesadelo ao vivo.
Alucinações, névoas e luzes brancas e pretas para todos os lados, era assim que eu estava enxergando. Vou explicar o melhor que eu posso: pense em uma meia luz alaranjada como as dos postes na cidade, no chão, o preto da calçada com um leve acinzentado, como uma televisão mal sintonizada com "fantasmas" e na rua, o alaranjado, com o preto do asfalto e chuviscos brancos e cinzas como televisão mal sintonizada. E agora, pense que você está vendo o tempo passar duas vezes mais rápido que o normal.
No bar, isso acontecia enquanto ouvia The Cure a dupla velocidade: pesadelo ao vivo. Tocou "In between days", "Just like heaven", "High" e "Friday I´m in love" que eu adoro e elas não soam tão bem aceleradas, minhas músicas maravilhosas agoram me davam angústia. Pensei "O cd deve estar com problema". Com problema estava eu.
Pegamos carona para casa, andei alguns metros vendo alucinações, me senti como no clipe "Like a rolling stone" dos Rolling Stones, entrei em casa, tomei um banho e meu sono se espantou. Fui ligar o computador.
Pesadelo?! "Isto é a vida real? Isto é só fantasia? Pego num desmoronamento, Sem poder escapar da realidade". Foi no computador em que descobri que realmente o tempo estava dobrado. No bar, pensei que o problema fosse o som, quando comecei a ouvir músicas no computador, fiquei sem reação: Olhei varias vezes o relógio para ter certeza sobre a oscilação do tempo. Tinha momentos em que os segundos demoravam mais para passar e de repente dobravam de velocidade. Vista alucinada?! Sim, mas e a audição?
Ela seguia o tempo que eu olhava, mas ao fechar os olhos continuava rápida. Ja deviam ser cinco horas da manhã, mas o relógio dizia duas e pouco.
Larguei o computador, até minha preciosa "caixa em forma de coração" corria alucinada pelo tempo, mas minha tristeza aumentou quando ouvi "Sunday Morning" do Velvet Underground. Ela não, oh não, ela é naturalmente lenta e calma e não aquela coisa frenética que rolava em meus ouvidos. Fui ver televisão.
Hoje dormi lá pelas 7 da manhã. Não havia sono, muito estranho pois sono é o que eu mais tenho quando minha sinuzite ataca ou quando se bebe demais.
Acordei tarde. Até as 5, 6 horas da tarde, o tempo correra dobrado, mas agora, o tempo se estabilizou, as músicas voltaram a sua devida velocidade.
Se não foi minha sinuzite, nem bebida, estaria eu pirando de vez?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

For Michel (puro)

Hehe, então, agora podemos ser presos?! É, eis aí a maioridade batendo à nossa porta, não da pra fugir ou se esconder.
Acho que ainda da pra gente fazer as nossas velhas coisitas como pular muros de cemitérios e beber até fechar a Keiko...
Cara, sorte sua não fazer faculdade. Eu faço aquele troço que chamam "Administração de Empresas" e believe me, faculdade nada mais é do que uma extensão do colegial, com os inteligentes, os zuados, o fundão, as bebidas e as drogas. A diferença é uma só: Lembra do trabalho que dava pra gente se esconder na escola e fumar um cigarro?! Agora da pra acender um ao sair da sala.
Cara, volte no final do ano, ou quanto mais cedo der melhor porque você faz uma falta da porra. Muitas coisas bizarras aconteceram quando você não estava aqui, os cemitérios ja não são mais os mesmos, nem os bares e nem os estranhos hábitos.
Abraço, cara, felicidades e feliz 18 anos!
De um estranho para outro, um estranho eu te amo!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Bohemian Rhapsody (puro)

Oh, caros leitores, por onde andei nos últimos meio mês?! Queria escrever, mas, ainda não sei o que escrever. É assim que se começam obras primas de genialidade ou um lixo qualquer q você ira ler por aí.
Ainda não faço idéia do que escrever e isto particularmente me envergonha. Quase sempre eu tenho algo pra falar ou reclamar, mas não, anda tudo tão confuso e tão calmo e tão baixo e voador.
Sei la, ao mesmo tempo que há essa serenidade as vezes rola uma guerra na minha cabeça, "por fora uma batalha, por dentro uma guerra".
Andei ouvindo muito Bowie, Júpiter Maçã, The Doors e to começando a achar que as músicas andam fritando demais minha cabeça. Coisas do tipo "Este não é o efeito colateral da cocaina""Algumas vezes me sinto sozinho, Algumas vezes você não tem para onde ir(...) Fique comigo, seja minha esposa" "Venha, venha, venha, agora, toque-me baby" "Um lugar onde as pessoas sejam loucas, e super chapadas, um lugar do caralho." Sons que as vezes flutuam sobre minha cabeça e eu tenho de escuta-las denovo e denovo e denovo até que elas se cansem.
Tem alguém lendo isto? As vezes penso escrever para o nada, bom, o nada existe. Se alguém está lendo dê um sinal, sério, escrever só por escrever não tem graça
Oh Bog, por onde anda minha inspiração que me fazia um poeta?! Agora sou só um incompreendido com idéias na cabeça e que não sabe apresentar ao resto do mundo. Estou preso ao meu pequeno mundinho contemplando as sombras e tomando-as como verdade, aplaldindo-as e achando que me sinto feliz.
Há dias estou sorrindo por obrigação, acho que estou perdendo a graça...