sexta-feira, 27 de novembro de 2009

It´s better to burn out? (puro)

Um belo dia há uns dias atrás, tive uma estranha vontade de escutar "this time around" dos Hanson. Claro, sem deixar de escutar depois aquele clássico "save me" que embalava a novela das 8. Minha questão é: Alguém viu eles por aí hoje?!
A questão da fama. Sim, de fato ela dura pouco se você não transa idéias novas para continuar explodindo na mídia.
Os Hanson sumiram, se casaram, tem seus filhos, Macaulay Culkin... A última informação que tive sobre ele era que ele tinha se casado e se separado. E isso faz quase 10 anos. A última vez que eu o vi, foi no funeral do Michael Jackson em que ele parecia um mero figurante entre as centenas de personalidades famosas em evidência no local.
O que me intriga é a questão da frase que tornou-se celebre na música do Neil Young e mais tarde na última carta de Kurt Cobain: "It´s better to burn out than to fade away" "É melhor queimar do que se apagar aos poucos".
Discuto isso porque pensemos entre nós. Como um exemplo simples, posso citar os Mamonas Assassinas. Vamos aos fatos: Você acha que eles seriam tão lembrados se não tivessem morrido daquela forma trágica?!
Tenho quase certeza que não, afinal de contas, você se lembra do Twister?! "Meu amor, esse amor, tá 40º de febre, queima pra valer, queima pra valer..." Você se lembra do P.O. Box?! Esse definitivamente você não lembra. Silvinho Blau Blau então nem se fala.
Agora, Mamonas, Nirvana, Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Doors, Queen, por aí vai, o que tem em comum?! Todos queimaram, Não se apagaram aos poucos como os grupos citados no parágrafo anterior.
Os Mamonas tiveram um trágico acidente, Kurt Cobain se matou, Janis e Jimi tiveram uma overdose, Jim Morrison teve um ataque do coração, Freddie Mercury se foi com AIDS, enfim, todos esses sucessos o qual lembramos explodiram em fama e se apagaram em fama num espaço de 6 meses 3 anos e meio, 4 no máximo.
Eu sei que aparentemente pode ser ridículo, mas na minha opinião, uma vez famoso, há de ser famoso sempre, manter a fama, como a exceção da regra Raul Seixas que depois de 73 dificilmente foi esquecido, lançando sempre canções novas comerciais muito vendáveis, sem deixar de dizer o que bem queria.
Bom, se eu fosse famoso, acho que não ia querer ver minha carreira se apagar aos poucos, sumir da mídia aos poucos acho que é uma coisa deprimente a longo prazo. Por exemplo, fazer fama aos 20 e desaparecer da mídia. Aos 40 eu estaria na terapia chorando porque minha fama acabou.
A questão é que todos que conseguem essa atenção especial de um público, por mais que não admita, sempre sentirá falta de tal atenção, do luxo, lixo e flashes que lhe são oferecidos. Se você não morrer, vai se deprimir no futuro, mesmo que tenha filhos ao lado para lhe consolar, a euforia da fama sempre ficará na cabeça como os dias mais felizes de sua vida. Quem morre, é história, é praticamente endeusado, imortalizado no panteão dos deuses da fama, da vida comentada nos tablóides, de escândalos e de seu fim épico.
É melhor queimar do que se apagar aos poucos?

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