domingo, 31 de janeiro de 2010

Orgia niilista (puro)

A cada dia que passa, menos quero ler Nietzsche. Sei que chegar a este ponto é no mínimo precipitado já que não terminei de ler o livro, mas é fato: o livro é chatíssimo.
A obra que me refiro é Ecce Homo. A princípio caracterizada como auto-biografia, de cara já mostra sua real face: o egocentrísmo.
Para mim, quando se fala em biografia, auto-biografia, penso na história cronológica do indivíduo, fatos de sua vida que merecem ser ressaltados afim de dar graça e interesse ao leitor, o que não é o caso deste livro.
Nietzsche assumi um papel um tanto megalomaníaco. Ele tenta ser grande, parecer grande, mas aos poucos, em pequenos trechos, ele se contra diz. Para um exemplo claro cito a questão de ser ou não um decadente.
Aparentemente, todo mundo é decadente, menos ele e o seu fiel Zaratustra (criado por ele mesmo). Ele cita no início e em vários trechos sobre a dor de estômago, característica fundamental do decadente. A dor ocorre porque o indivíduo guarda para si muito ressentimento, angústia, raiva, desejo de vingança, empatia, compaixão, etc. Porém, em certa parte do texto confessa, ainda que com certo receio, sofrer um pouco do intestino. Pronto, acabou de confessar que é um decadente.
Seu quase extremo machismo é outro fato que já me deixou com menos vontade de lê-lo. Ele definitavemente trata a mulher como a maquina de fazer filhos. Se ela não quer ter filhos ou lutar pelos seus direitos, é uma decadente. Achei um absurdo um sujeito da mentalidade dele não reconhecer os direitos e o alto intelecto que a mulher pode possuir. Acho que se hoje ele soubesse que mulher vota e ocupa altos cargos de chefia, teria um ataque do coração.
O fato é que esta obra já exprime um pouco de sua insanidade, assim como o final de "O Anticristo" cujo o livro é muito bom, mas o final possui trechos que só Zaratustra entenderia.
Na minha cabeça fica a conclusão de que: Nietzsche te da conhecimento suficiente a ponto de se poder questionar o próprio. Em um exemplo esdrúxulo é como se um político investisse em educação e responsabilidade fiscal para no final de seu mandato ser indiciado por corrupção. No mínimo... non sense.
Lendo livros assim, sinto falta daqueles que só parava de ler porque acabavam.

Modernidade

As vezes não sei o que me atormenta mais: querer analisar as pessoas ou me deparar com as invenções contemporâneas. Acredite, o que me motivou a pensar em escrever o que eu chamo de crônica, foi um momento de 5 segundos no trabalho observando algo que, particularmente, nem imaginava que poderiam fazer: televisões com bluetooth!
Como assim?! porque cargas d´água alguém teria esta idéia de colocar tal coisa na tv? bom, agora elas também já tem memória HD igual computador. A da minha sala, por exemplo, tem um HD de 80 giga! Jamais poderia pensar em tal coisa, até uns 3 anos atrás, um computador top de linha tinha um HD assim.
Bom, é interessante pensar que hoje, um computador de 2, 3 anos atrás já não supri mais as nossas necessidades. Lendo um livrinho de tiras na livraria do shopping, quase rolei de rir quando li o cara dizendo: "jamais largaria meu super computador com 64 mega de memória RAM e 10 giga de HD". Supus que a história seja de no mínimo uns 10 atrás. O filme do 007 contra Goldeneye (é um exemplo tosco, sei disso) tem uma cena na qual a moça mostrava-se muito interessada em comprar computadores com HD de... 500 mega.
Isso sem pensar que fazemos de tudo para os nossos arquivos pesarem o menos possível desde o mp3 até arquivos compactados em win rar. No início do ano passado, computador top era 320 giga de HD e 3 de RAM. Hoje é 500 de HD e 4 de RAM. Fazendo um previsão, até o final do ano e meados do ano que vem já estaremos falando em computadores de 1, 2, 3 tera nos pcs (terabyte equivale a 1000 giga).
Nossos celulares agora são peça fundamental do indivíduo, mas a função menos utilizada é de ligar para alguém. Bom, eu sei que não, mas esta é a tendência. Lembro-me de uma revista que dizia: "Celulares que fazem de tudo... até ligação!". Um amigo meu apareceu com um celular que tinha 32 giga de memória. Há 10 anos, em plena época do "tijolão", quem imaginaria um celular que fosse ao menos... fino, um que coubesse no bolso sem parecer uma arma letal?! Letal me refiro porque o centro de discussões sobre o assunto era a questão da radiação que ele emitia, que a longo prazo isso seria maléfico, coisas do tipo. Hoje já falamos sobre o benefício da tal radiação para o retardo do envelhecimento precoce.
O fato é que necessitamos dessas modernidades por mais inúteis que pareçam. Para não tirar o mérito do "inútil", vale lembrar que o telefone quando recém patentiado e divulgado, não causou um furor imediato, inclusive, parecia que seria logo esquecido.
Hoje, não ter um celular próprio é quase como não ter identidade, eu que o diga, que fui roubado há umas semanas e passei uma semana sem a peça. Me sentia isolado do mundo, quase nú, tornou-se uma peça tão íntima quanto uma cueca, guarda sua agenda com o número dos amigos, despertador e ainda te conecta com as pessoas.
É idiota, mas até com este assunto eu parei para pensar e querer analisar o comportamento das pessoas frente à tecnologia atual. É notável como conseguíamos viver sem internet há 20 anos ou como a pouco mais de 10 não precisávamos de nada mais atual que o fabuloso Windows 95, celulares e até o próprio telefone em alguns lugares eram artigo de luxo, jogos da moda cabiam em diskets de 1,5 mega e pronto, não havia mais nada para se inventar. Não vou tirar o mérito do conforto e comodidade que certas invenções nos proporcionam, mas é no mínimo, curioso e engraçado não saber do que ainda vamos precisar e de repente algo até então inútil torna-se artigo de primeira necessidade.
O termômetro a distância, que já foi considerado uma das invenções mais inúteis do século passado, hoje é item obrigatório em uma fiscalização sanitária. O cinema quando recém inventado, segundo o pai dos inventores, daria prejuízo se usado para entretenimento. Quando deu-se origem ao primeiro computador, quem iria querer tal trambolho em casa?!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O preço da hiprocrisia (puro)

Começou no trabalho. Lá estava eu fazendo minhas devidas tarefas medíocres quando, em meio ao mercado, aparece um ex professor meu do colegial. Como era um daqueles que eu tinha grande admiração porque a aula dele era boa e tudo mais, fui cumprimentá-lo todo alegre e também tentando puxar uma conversa, tamanha ociosidade que estava o meu serviço, mas fui praticamente ignorado pelo indivíduo. Bom, ele estava com sua esposa e seu filho, talvez tivesse estressado, sei lá, querendo dar mais atenção pra família, mas na segunda vez que ele foi sem ao menos me cumprimentar... aí eu confirmei que o cara estava mesmo era me ignorando, sem ao menos querer olhar para minha cara. Nessa hora pensei: é, agora que ele já não tem mais a obrigação de me aturar, é assim que me trata.
Agora, pense coletivamente falando: Quantas pessoas têm de nos aturar por obrigação?
Enquanto fui aluno dele, este me tratava com muito respeito, conversamos muito após as aulas para tirar dúvidas e tudo mais, se bem me lembro, nunca fui um estorvo nas aulas dele, principalmente por achar interessante. O que me chateia agora é saber que tudo isso era fachada, um padrão de aturação de aluno. Enquanto pagamos por suas aulas, pagamos pela paciência da pessoa.
Claro, não quero generalizar. Já encontrei outros professores durante o trabalho e eles me trataram super bem, trocamos perguntas pessoais básicas do tipo: "e as crianças, professora? vão bem?". Tanto que esses dias encontrei uma outra professora enquanto saia com os amigos. Ela tem a admiração de todos, dava uma super aula e era engraçada, simpática. Perguntou se a gente tinha passado no vestibular, se ainda namoramos as mesmas pessoas da escola, sobre cuidados que você tem que ter na faculdade, enfim, uma conversa descontraída e agradável.
No trabalho, a gente não sabe muito bem o que pensar. É defintivamente uma metarmofose ambulante. Tento analisar a personalidade do indíviduo, acho interessantíssimo fazer um estudo do comportamento humano e o faço quase o tempo todo. E, logo, você não sabe o que pensar das pessoas, as vezes estas são boazinhas planejando uma maldade e vice-versa.
Bom, como não escrevo para chegar a uma conclusão, mas sim levantar uma dúvida, quanto custa a hipocrisia? Será que pessoas que admiramos, como meu ex professor por exemplo, só nos tolera porque pagamos por suas aulas, ou porque fazemos o trabalho da forma correta.
As vezes penso no trabalho e ouço de um ou outro que fulano falou mal de cicrano, ou de você, já escutei inúmeras vezes que alguém falou mal de mim, mas quando penso em tirar satisfação ele chega como se fosse amigo de infância contando coisas pessoais e perguntando coisas pessoais. Não gosto de falar das coisas pessoais no trabalho, há de se saber separá-los, mas ainda me resta a duvida: Quantas pessoas nos aturam apenas para manter as boas aparências?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Love, love, love (destilado)

Acredito tê-lo escrito há um ano, é um poema sem título, de fato, nunca fui bom com títulos. Escrevi para alguém que amei (ainda a amo, talvez, de uma forma complicada e singular, talvez obsessiva) e se não me engano mostrei uma vez a ela. Modéstia parte, acho que o poema explicava de uma forma razoavelmente direta como era nossa relação.
Bom, lá vai, espero que gostem!

Amar: verbo intransitivo
Que por ti cultivo
Preso ao brilho
Do seu doce olhar

Amor bandido
Que rouba meu coração e põe amor em seu lugar
Não quero meu coração de volta
Quero com você estar

Amor complicado
De gosto fino e requintado
Que embora seja difícil agradar
Sempre o faço de bom grado

Amor único
Limite da ilusão
Que quero de coração
Que seja sempre minha doce obsessão



domingo, 10 de janeiro de 2010

Exame de direção (puro)


Como um jovem de mente imaginativa, confesso, envergonhado, que nunca imaginei como seria meu exame de direção. Bom, confesso também que aconteceu de tudo que jamais imaginaria. Meu exame teve apenas um problema: Uma direção.
Ao contrário da jovem colega que no momento da baliza não consegue frear o carro e bate de frente com a parede, fiz uma baliza, modéstia parte, linda, perfeita, de primeira, menos de 3 minutos.
Fiz até amizade com a examinadora, conversamos altas coisas sobre trabalho e até falavamos de um churrasco. Comecei a andar e de boa. Nem esqueci as centenas de setas para desviar, retornar, sair e voltar de novo. Setas sempre foram um problema pra dirigir. Bom, estava prestes a fazer o que acredito que era a última curva antes de ela me mandar estacionar e encomendar meu CNH quando, não mais que de repente, havia uma árvore no meio do caminho.
Gosto de árvores, nunca tive nada contra elas até que essa me fez uma super mancada: escondeu a placa que dizia "proibido seguir em frente". Não vi a placa, nem reparei no chão, segui reto ao invés de fazer a curva e bum: falta eliminatória. Ainda que se eu tivesse seguido reto mesmo sem aprovação da examinadora, tudo bem, daríamos outras voltas, mas para a minha definitiva falta de sorte, minha reta dava em uma contra-mão. Nem tinha argumento pra retrucar, tentei culpar a simpática árvore, mas o aviso no chão me denunciou.
Nem a examinadora acreditou em uma cagada tão inesperada quanto essa. E como se não bastasse para piorar meu dia, ainda tinha que voltar para o trabalho terminar um serviço que tive de deixar para fazer a porcaria do exame.
Bom, sei que eu passo tranqüilo, mas não deixo de pensar que por causa de uma árvore e uma reta, me impediram de semana que vem receber em casa meu CNH.
Uma reflexão?!
No caso da minha histórinha sobre tirar carteira, ela significa que vou ter de esperar mais um tempo pra dirigir por aí, além de desembolsar uma grana pra refazer o exame. Mas quanto a vida?!
Acho que pela primeira vez na vida, uma escolha tão literal quanto seguir uma reta me levou a contra-mão.
Quantas vezes fizemos as curvas e retas erradas na vida que definitivamente mudaram o rumo das nossas vidas?
Não é questão de uma curva, mas as conseqüências dela.
Como vamos saber quantas vezes andamos numa reta que nos leva a contra-mão?!
Quando for tarde demais pra retornar, talvez.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Fofoca (puro)

Acho muito engraçado essa idéia de um espirro em uma esquina ser uma tuberculose na outra. A questão não é só que uma fofoca é fazer um breve comentário sobre o vizinho, ou, no caso que retratarei a seguir, uma colega de trabalho. O fato é que todos se propõem a aumentar um pouquinho a história fazendo uma pequena situação virar caso de vida ou morte, ou nesse caso, uma quase "rede de apostas".
Imaginem uma jovem mulher, 20 anos, 1 metro e 60, cabelos vermelhos de uma boa tinta, olhos claros, anda sempre com batom, enfim, linda aos olhos de quem vê. Agora, imaginem ela... GRÁVIDA!
"Cara, ela está grávida ou engordou?!" essa foi a minha pergunta. Resposta: "pois é ,cara, ela está grávida". Pronto, para mim, encerrou-se o assunto.
Comentei o fato com o meu pai, não com más intenções, mas porque meu pai a conhece, trabalhavamos no mesmo setor do mercado na época que o meu pai a viu. A pergunta dele: "Esse filho não é do fulano lá, né?!" O fulano é o gerente do setor, conhecido pela fama de "pegador", já engravidou umas mulheres por aí. Como eu não sabia e também nem me interessava respondi que não sabia, mas achava que não era do tal sujeito. Ok, morreu o assunto?! Agora que a coisa esquenta!
Estava trabalhando com o meu pai quando o tal sujeito apareceu. Eles conversaram um monte assuntos até o meu pai perguntar: "Cara, o filho da fulana não é seu não, né?!" "não, não, pode ficar tranqüilo, ela até deu em cima, mas eu pulei fora antes". Ah, sim, claro, desculpa aí. Sinceramente, o cara não é o ícone da beleza, mas pela fama, sempre dá pra contar uma historinha de mulher atrás dele. Contou que esses dias ela o esperava na frente de seu carro, provavelmente pedindo uma "carona"... sabe-se lá pra onde.
"Mas, você sabe quem é o pai?!" Perguntou meu velho. "Ah, tão dizendo que é o fulano de tal, mas, estão até suspeitando do diretor do mercado!" "nossa, mas até ele?!". Meu pai também conhece o diretor e achou bem estranho ele estar no meio da trama.
Bom, entre essas expectativas todas de quem é o pai da criança da tal moça, não é muito difícil de rolar até um bolão para as apostas que deste fato se seguem.
Bom, apostas sejam feitas. A sorte está lançada.
Só tem um pequeno detalhe, pequeno mesmo, quase invisível, o qual me causa até uma espantosa curiosidade: De todos os citados candidatos a pai da criança, por mais incrível que pareça, não vi ninguém citar o pobre, discreto e simpático... namorado da moça, cuja relação dura anos e ela jura amá-lo muito.
ATCHIN!!!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Masoquista? (puro)

Comodidade?! Masoquismo?! Necessidade de se sentir mal?!
Acredito que seja assim que eu funcione.
Me sinto bem quando me sinto mal, preciso me sentir mal para estar bem comigo mesmo.
Em casa eu paro. Preciso descansar, "eu estou cansado, eu estou exausto, eu poderia dormir por mil anos..."
Trabalho 6 dias por semana, meus pais falam o tempo todo sobre trabalho e eu ainda faço uma faculdade ligada ao trabalho. Não é minha culpa odiar tanto o trabalho, mas preciso dele. Preciso de raiva e ódio.
Sabe, tudo me incomoda, ultimamente nem eu me aguento. Acredita que mesmo trabalhando 6 dias por semana meu pai esses dias falou que eu não ajudo em casa. Isso é injusto, um absurdo.
O mundo é cruel, ruim, cheio de maldade, definitivamente ele não é fácil. Por que minha casa tem que ser assim?! Sinto muito papai, mas em casa a última coisa que você vai ver eu ter é entusiasmo com relação ao trabalho, da porta pra fora podemos discutir. Discutir porque pais não sabem conversar.
Fui trabalhar esta madrugada e passei mais de 1 hora revirando-me na cama em busca de um sono que não veio. De manhã quando este começou a chegar e eu comecei a me cansar, tive de aturar o sarcasmo indelicado do velho que não pensou 2 vezes em me encher o saco.
E sabe o que mais me incomoda?!
Preciso disso!
Me estressar, ter raiva,pois me deprime, me inspira, me faz pensar, me faz escrever...
Se eu não tivesse que aturar tudo que me estressa, se pudesse falar tudo que quero, não haveria blog, não haveria intelecto, não haveria o que escrever.
Definitivamente, prefiro ser um estressado intelectual do que um merda despreocupado com a vida e o mundo.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ano novo, vida nova? (puro)

Depois das festas de ano novo, é hora de seguir todas as resoluções propostas por si mesmos. Afinal de contas, por que resolvemos criar regras para nós mesmos?!
Sim, passei a ter muita raiva de regras desde que minha cabeça passou a viver em quase total niilismo. Depois de ler Nietzsche então, o niilismo resolveu se implantar em mim.
Sei la, deve haver algo bom em se auto-regrar. Eu, por exemplo, decidi parar de fumar ainda que de vez enquando como sempre fiz. Decidi que minhas vidas seriam renovadas e tudo mais, mas na hora de por em prática... Queria viver mais intensamente e passei o primeiro final de semana em casa, deprimido, com aquela super vontade de fazer nada.
Como aquela questão em uma aula de psicologia que tive, a depressão, o cansaço nos pega tão forte que quando temos tempo para parar e fazer o que queremos, é como se simplesmente decidimos não mais fazê-lo. E logo, nossa deprê piora.
Oh, sim, ficar em casa tem lá suas vantagens. Estou lendo livros freqüentemente, no momento, leio contos do Franz Kafka.
Outra coisa: se você está deprimido e ler Nietzsche, seguido de Kafka, fique longe das janelas, pois em uma delas você vai querer pular.
Como foi seu natal?! Lindo natal, aprendi que nessa época, aliás, em qualquer outra, jamais conte a sua avó que você não é católico. Sabe o que pior?! Ela me tratou como se eu tivesse 5 anos e fosse extremamente volátil quanto a decisões deste tamanho. E quando eu contei certas teorias que criei, ela não quis discutir, mas certamente, não querendo ser presunçoso, ela não tinha argumento para rebater minha questão.
Porque nascemos com o pecado original?! Oras, se Jesus morreu por nós, eu nasço sem pecados e todos os meus pecados são perdoados, pois alguém já pagou por eles, certo?! Outra. Qual era verdade que Adão e Eva deviam descobrir?! Não havia verdade. Se você vive em um mundo onde só existe você e seu cônjuge, não há fome, nem miséria, política, crimes, etc, que verdade há para se descobrir?! O gosto de uma fruta e olhe lá.
Ok, voltando ao assunto principal, qual é a graça do ano novo?! Particularmente eu o odeio. Odeio começar coisas assim como odeio termina-las. Coisas boas, de fato. Odeio começar uma relação amorosa, por exemplo, mas gosto do meio, de manter o meio e o fim disso é horrível, como se deve ser. O ano é assim pra mim. Eu gosto do ano entre março até o fim de outubro e olhe lá. Novembro é ruim, sinto o cheiro do final do ano, a nostalgia e o papai noel que começa a aparecer em cantos por aí. Depois disso vem dezembro, natal, e quando você menos espera, depois de uma coisa como o natal, temos um ano novo pra começar tudo de novo. É um ciclo que me incomoda. Tento refletir o ano durante o meio, mas é como se só no final do ano e no começo de outro, é que o tempo decide parar e me dar o direito de pensar no que se passa, no que passou.
Isso tudo é o medo das coisas novas. De mudanças que podem ser definitivas, como muitas que me ocorreram ano passado.
E lá vai eu passar o ano com minhas vestes preferidas. De repente, questionado por minha mãe sobre minha camiseta, respondi "vou com aquela do Nirvana". "Mas de preto?!"
"Oras, se fosse uma cor que me trouxesse paz, eu não teria tido o ano mais conturbado da minha vida!"