
Sim, passei a ter muita raiva de regras desde que minha cabeça passou a viver em quase total niilismo. Depois de ler Nietzsche então, o niilismo resolveu se implantar em mim.
Sei la, deve haver algo bom em se auto-regrar. Eu, por exemplo, decidi parar de fumar ainda que de vez enquando como sempre fiz. Decidi que minhas vidas seriam renovadas e tudo mais, mas na hora de por em prática... Queria viver mais intensamente e passei o primeiro final de semana em casa, deprimido, com aquela super vontade de fazer nada.
Como aquela questão em uma aula de psicologia que tive, a depressão, o cansaço nos pega tão forte que quando temos tempo para parar e fazer o que queremos, é como se simplesmente decidimos não mais fazê-lo. E logo, nossa deprê piora.
Oh, sim, ficar em casa tem lá suas vantagens. Estou lendo livros freqüentemente, no momento, leio contos do Franz Kafka.
Outra coisa: se você está deprimido e ler Nietzsche, seguido de Kafka, fique longe das janelas, pois em uma delas você vai querer pular.
Como foi seu natal?! Lindo natal, aprendi que nessa época, aliás, em qualquer outra, jamais conte a sua avó que você não é católico. Sabe o que pior?! Ela me tratou como se eu tivesse 5 anos e fosse extremamente volátil quanto a decisões deste tamanho. E quando eu contei certas teorias que criei, ela não quis discutir, mas certamente, não querendo ser presunçoso, ela não tinha argumento para rebater minha questão.
Porque nascemos com o pecado original?! Oras, se Jesus morreu por nós, eu nasço sem pecados e todos os meus pecados são perdoados, pois alguém já pagou por eles, certo?! Outra. Qual era verdade que Adão e Eva deviam descobrir?! Não havia verdade. Se você vive em um mundo onde só existe você e seu cônjuge, não há fome, nem miséria, política, crimes, etc, que verdade há para se descobrir?! O gosto de uma fruta e olhe lá.
Ok, voltando ao assunto principal, qual é a graça do ano novo?! Particularmente eu o odeio. Odeio começar coisas assim como odeio termina-las. Coisas boas, de fato. Odeio começar uma relação amorosa, por exemplo, mas gosto do meio, de manter o meio e o fim disso é horrível, como se deve ser. O ano é assim pra mim. Eu gosto do ano entre março até o fim de outubro e olhe lá. Novembro é ruim, sinto o cheiro do final do ano, a nostalgia e o papai noel que começa a aparecer em cantos por aí. Depois disso vem dezembro, natal, e quando você menos espera, depois de uma coisa como o natal, temos um ano novo pra começar tudo de novo. É um ciclo que me incomoda. Tento refletir o ano durante o meio, mas é como se só no final do ano e no começo de outro, é que o tempo decide parar e me dar o direito de pensar no que se passa, no que passou.
Isso tudo é o medo das coisas novas. De mudanças que podem ser definitivas, como muitas que me ocorreram ano passado.
E lá vai eu passar o ano com minhas vestes preferidas. De repente, questionado por minha mãe sobre minha camiseta, respondi "vou com aquela do Nirvana". "Mas de preto?!"
"Oras, se fosse uma cor que me trouxesse paz, eu não teria tido o ano mais conturbado da minha vida!"
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